O risco de quarentenas mais generalizadas, como as vistas no início do ano, permanece baixo e, com isso, prossegue o cenário de recuperação das economias – mas com alguns sinais sugerindo uma velocidade mais lenta. É o que mostra o relatório de julho da Turim MFO.
No cenário global, o ambiente de elevada liquidez permanece nos mercados, com a sinalização de continuidade dos amplos estímulos do FED (banco central americano). A redução dos juros reais nos EUA também tem resultado em um processo de desvalorização do dólar frente aos pares.
Na Europa, a cúpula da Zona do Euro chegou a um acordo a respeito do pacote de ajuda à recuperação da atividade pós-pandemia, com transferências diretas e empréstimos a taxas subsidiadas aos países mais impactados. Na China, a recuperação em V da atividade continuou aparecendo, principalmente no setor industrial.
Já no Brasil, a recuperação da bolsa foi acompanhada por uma queda dos juros reais dos títulos de longo prazo do governo brasileiro, respeitando uma firme relação entre as duas variáveis em prazos mais longos. Mas é preciso ressaltar que, para a continuidade do cenário de taxa de juros baixa no país, é necessário manter a âncora fiscal – a PEC do Teto de Gastos.
Com o processo de reabertura progressiva das economias, os indicadores econômicos divulgados ao longo do mês mantiveram uma tendência de surpresas positivas. É o que mostra o relatório de junho da Turim MFO. O relatório explica, entretanto, que somente após esse impulso inicial de normalização, é que teremos uma leitura mais clara da velocidade de recuperação pós-pandemia.
No cenário global, dados de consumo dos EUA foram muito fortes, em particular as vendas no varejo – graças ao apoio do governo. Por isso, o principal risco de curto prazo hoje é a ocorrência de uma 2ª onda da Covid-19, que obrigue os governos a reverterem as políticas de relaxamento das restrições implementadas nos últimos meses.
No Brasil, tivemos uma piora da taxa de desemprego. Mas políticas governamentais de transferência de renda, como o “coronavoucher”, podem ter sido relevantes para dar suporte à massa de rendimentos. Estimamos que as transferências pareçam ter sido suficientes para recompor uma parte substancial da queda na renda agregada da economia.
O mês foi positivo ainda para as bolsas globais, amparadas pela ampla liquidez. Aqui, o Ibovespa subiu 8,8%, impulsionado por sinais de redução do risco político.
Economia Global
Global: Reabertura das economias
EUA: Sinais incipientes de retomada do consumo
Europa: Plano de recuperação econômica
Economia Brasileira
Atividade: Desemprego começa trajetória de alta
Câmbio: Banco Central indica que pode elevar intervenção
Mercados | Bolsa | Renda Fixa | Moedas
Economia Global
Global: “Achatando” a curva do vírus
EUA: Forte alta no desemprego
China: Normalização em curso
Economia Brasileira
Atividade: Primeiros sinais do impacto sobre a atividade
Política Monetária: Selic volta a cair
Mercados | Bolsa | Renda Fixa | Moedas
Economia Global
Global: Coronavírus se espalha
Global: Estratégia de contenção e atividade
Global: Reação das autoridades globais
Economia Brasileira
Atividade: Forte contração
Fiscal: Reação à crise
Mercados | Bolsa | Renda Fixa | Moedas
Economia Global
Global: Coronavírus se espalha por mais regiões
Global: Autoridades reagem com estímulos
China: Atividade voltando ao normal, mas lentamente
Economia Brasileira
Atividade: Projeções para 2020 revisadas para baixo Política Monetária: Banco Central sugere novos cortes de juros
Mercados | Bolsa | Renda Fixa | Moedas
Economia Global
Global: Recuperação da indústria…
China: … Atrapalhada na margem pelo Coronavírus
EUA: FED
Economia Brasileira
Inflação: Choque temporário vai se dissipando
Mercado de Trabalho: números continuam positivos
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