Visão Turim

Com cenários que mudam a todo instante, as eleições americanas são o assunto do momento e foram o tópico de abertura do webinar Visão Turim.

“Em outubro, o mercado precificou uma larga vitória do Biden, com um Senado democrata. Mas vemos as margens bastante apertadas. Os estados decisivos ainda vão demorar para divulgar seus resultados, e o presidente Trump já começou a questionar isso. Por isso, vemos um risco de judicialização muito elevado”, explica Nelson Abrahao, estrategista-chefe da casa.

As expectativas para as eleições, aliadas a uma nova onda de coronavírus na Europa, foram os principais fatores que pesaram sobre os mercados em outubro. O mês foi marcado por uma onda de aversão a risco, com correção das principais bolsas do mundo – a exceção da China.

“Com o mercado dando mais probabilidade de vitória do Biden, houve um fluxo maior para mercados emergentes, o que ajudou a bolsa chinesa”, avalia Fernando Verboonen, portfolio manager.

“Temos uma eleição acirrada e que pode ser contestada, o que é ruim para a democracia e para todos”, afirma Gustavo Marini, fundador e co-CEO da Turim. “Mas, apesar da incerteza no curto prazo, os EUA têm uma democracia forte, com instituições muito sólidas. Como gestor de patrimônio, precisamos pensar no longo prazo.”