Visão Turim
Uma conversa mensal com nosso time sobre mercados e estratégias
A aproximação do fim do ciclo de alta dos juros nos Estados Unidos e a futura dinâmica do Banco Central do Brasil foram os principais destaques do Visão Turim deste mês.
Nos EUA, a deterioração das ações dos bancos regionais se acentuou em abril. Esse movimento, contudo, acabou por beneficiar os principais bancos do país, explicou Fernando Verboonen, nosso sócio e CIO.
“Assim, fica claro que o problema está focado na questão de fluxo dos bancos regionais e que, apesar desses contínuos desafios, não há sinais de um estresse sistêmico”, avalia.
Ainda assim, os possíveis impactos dessa questão bancária norte-americana, aliados à desaceleração da atividade e à queda da inflação no país, levaram o mercado a precificar um início prematuro para os cortes de juros por parte do Federal Reserve.
No Brasil, o Banco Central manteve a Selic no patamar de 13,75%, realizando ajustes sutis na comunicação, que ainda não parecem suficientes para indicar um corte na taxa básica de juros em um futuro próximo.
Além disso, a escolha do governo para os dois novos diretores do Banco Central trouxe à tona preocupações quanto à composição da autoridade monetária ao longo dos próximos anos, sobretudo no que se refere à condução da política monetária.
Participaram ainda do webinar Leonardo Martins, co-CEO; Pedro Hokama, head de equities; e Thiago Campos, economista.